02/11/2018

Era eu por nós e você apenas por si


Não foi por acaso. Você pode dizer que foi. Você pode fingir que foi. Você pode repetir mil vezes a mesma mentira para ver se ela acalenta seu coração. Uma pena que te doa. Mas, você sabe, não foi coincidência. O acaso realmente existe? Eu aposto que não. 

Pensar em você vem com aquele gostinho de nostalgia, algo que ficou para trás, mas que ao mesmo tempo se faz tão presente. 
Aqui. Agora. 
Parece que meu interior se apegou aos mínimos resquícios. 
Que perigo!

É que, embora você tenha ficado lá, esse lá é perto, porque eu te mantive aqui. Firme. Imponente. 
O erro foi meu por saber que você estava indo embora, mas, ainda assim, ter te deixado com a chave para entrar. 
Assim, quando quisesse. 

Pensar em você vem com aquela sensação de algo que deixei passar. Aquele vento forte que chegou bagunçando sem que eu pudesse fazer nada a respeito. Vai ver eu realmente não podia. E foi por isso que caí. 

Já era inerente à mim estar sempre buscando uma solução pra tudo, sempre remediando qualquer problema que aparecesse porque, na minha concepção, poderíamos dar um jeito. Nós poderíamos. Ah, como eu estava enganada. Nunca houve um nós. Enquanto eu segurava a barra por dois, você não pensou duas vezes em soltar a corda e me deixar cair sozinha. E foi aí que notei, infelizmente um pouco tarde, o que já estava bem estampado à minha frente, mas que, no fundo, talvez eu não quisesse acreditar. Acabou. Era eu por nós e você apenas por si. 

Não precisa devolver a chave, finalmente coloquei uma tranca.

Advogada, escritora, resenhista crítica literária, perfeccionista, metade anáfora, metade metáfora e uma romântica nata.

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