19/02/2022

Resenha: O visconde que me amava




Título: O visconde que me amava
Autor(a): Júlia Quinn
Número de páginas: 288
Editora: Arqueiro
Sinopse: A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será
Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.

Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.

Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.

Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.

Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.

''Anthony, que acabara de descobrir o que era amar, aprendeu o que era morrer por dentro.''

 

Olá, gente! Esse é um livro que quase não leio porque não tinha gostado da sinopse, me parecia aquelas histórias que enrolam bastante. Maaas, como tem um enemies to lovers, sempre vale a pena dar uma chance, né?


Anthony quer deixar a vida de libertino para trás e, para isso, começa a cortejar Edwina, aquela que ele e a temporada inteira considera como a candidata perfeita. Isso é até chato porque não gosto quando o livro endeusa uma personagem e fica colocando nas outras o pensamento de inferioridade. Isso é bem chato mesmo, mas relevei.


Acontece que Edwina só casa com quem a sua irmã, a Kate, aprovar e, devido a fama do visconde, não é de se espantar que ela seja contra. Anthony, então, precisa convencer a Kate de que merece casar-se com a sua irmã, mas, claro, durante essa aproximação, ele se dá conta de que é ela que não sai dos seus pensamentos, ao passo em que Kate percebe que Anthony não é o homem ruim que pensava.


A autora consegue pegar um enredo aparentemente previsível e transformá-lo por completo de modo a prender o leitor. Ela mistura o romance com o drama e ao mesmo tempo com cenas divertidas o que não deixa a leitura monótona. Tá sempre acontecendo alguma coisa e sem parecer forçado.


O único contra é que, no começo, essa necessidade de aprovação da Kate é cansativa, porque fica parecendo que a irmã não tem vontade própria. 


Os prós são vários e fazem cada minuto da leitura valer a pena. Ambos os personagens possuem seus traumas, coisas que ninguém imagina, e se ajudam nisso. Há tormentos que precisam superar. Se identificam bastante porque uma das coisas que mais temem é demonstrar fraqueza. Eles crescem como pessoa e essa evolução é visível. 


Outro ponto positivo é que essa implicância não vai até o final do livro. Eu não gosto quando todos os problemas do livro deixam para ser resolvidos só no final. Então, ainda bem por isso.


Os personagens foram bem construídos e você se apega fácil. Esse é um dos melhores livros da Júlia Quinn que já li. Eu tava lendo ''Gente ansiosa'', mas parei para ler esse e terminei numa noite. Se você gosta de um enemies to lovers, precisa ler esse!


Já leram?

15/02/2022

Resenha: Um lobo em seu caminho




Título: Um lobo em seu caminho
Autor(a): Anna Katmore
Número de páginas: 230
Editora: Pitangus editorial
Sinopse: Depois de beijar muitos sapos, Riley Redcoat está pronta para sair em uma aventura em direção aos braços do príncipe Jacob da Planície das Neves.

Porém, Jack Wolf descobriu que não podia viver sem sua Chapeuzinho e fica muito preocupado com a decisão de Riley.

Enquanto ela afirma que não vai abrir mão do seu Felizes para Sempre, ele decide acompanhá-la até seu destino final. Mesmo sabendo que ela não vai encontrar o que procura.

Quando as coisas saem de controle, a única coisa que Jack pode fazer é aceitar ser o Lobo Mau e encenar a história de Chapeuzinho Vermelho para sempre.

O lobo está sofrendo de amor e é de cortar o coração.

Venha conhecer o final dessa história que pode ser totalmente diferente daquela que você conhece.

''Dizem que as histórias precisam ser escritas para realmente acontecer. Grimm foi um desgraçado, porque não escreveu meu final com você''

 

Olá, pessoal! Como estão? Esse é o segundo livro das Crônicas do país das fadas. O primeiro livro é “Um príncipe para chapeuzinho” e juntei pra falar agora sobre os dois de uma única vez.


Enredo leve, divertido e apaixonante. Riley estava cansada de ser a única a não ter o seu “felizes para sempre”. Já notou que chapeuzinho vermelho é a única que não tem um príncipe para chamar de seu? E é por isso que ela tá cansada de contar sempre a mesma história.


❤️‍🔥 O livro tá na categoria young adult, então já se preparem para surtar torcendo pelo lobo mau.


Decidida a mudar sua jornada, ela pede ajuda à Jack, sua dupla dinâmica, o lobo da sua história, para ajudá-la a encontrar alguém com quem possa viver a sua história de amor.


O Jack é um amor do início ao fim de ambos os livros. Ele é quem ele é, sem se importar com mais nada. Por trás de tudo aquilo em que encena, há uma pessoa maravilhosa que parece que ninguém vê. A Riley está tão desesperada para encontrar um amor que não nota que ele talvez sempre estivesse ao seu lado.


Quanto mais tempo ela passa perto dele, mais ela quer estar. Mas isso não muda o fato de que ela faz/fala coisas que dá vontade da gente chacoalhar pra fazer ela enxergar melhor as coisas.


E sabe o que é mais interessante? É que o livro mostra que o amor não tem formato específico. Não é uma peça pronta onde todo mundo tem que se encaixar igual. O amor chega de diversas maneiras e se você ficar tão focado em uma forma em específico, ele passa e você simplesmente não vê.


A leitura flui e é tão cheia de referências que vai prendendo o leitor a cada nova página.


Se a Riley resolver virar as costas para sua história, ela influencia totalmente a vida de Jack, porque eles estão interligados. As coisas mudam quando ela passa a enxergar com outros olhos e amar a sua própria jornada.


Como ele bem diz, a história podia não ser perfeita, mas era deles. E mesmo sabendo o quanto as escolhas dela o machucavam, ele foi muito altruísta em ajudá-la.


💘 O felizes para sempre pode vir/ser de diversas maneiras, você só precisa estar de coração aberto. Nessa duologia você vai ver de uma maneira como nunca antes.


Já conheciam essa duologia? O segundo livro entra na pré-venda dia 16 na Amazon. Para quem curte uma história mais leve, vai adorar.

03/02/2022

RESENHA: FINJA QUE É MINHA




Título: Finja que é minha
Autor(a): Lucy Score
Número de páginas: 488
Editora: L3 Book Publishing
Sinopse: Luke Garrison está de volta na cidade, e a última coisa que está procurando é uma mulher para arruinar a sua solidão, mas quando Harper entra na sua vida, ele percebe que ela é o chamariz perfeito. Uma namorada falsa para manter sua família distraída até que seja convocado para uma nova missão do Exército.

Harper estava prestes a começar uma nova vida… de novo. Mas algo sobre Luke a faz querer se estabelecer nesta pequena cidade e fazer da casa dele, um lar.

Uma noite juntos se transforma em algo mais e Luke não consegue parar de pensar nos grandes olhos cinzentos de Harper ou manter as mãos longe de suas deliciosas curvas. Ele nunca pensou que se sentiria assim por uma mulher novamente, mas sabe que não pode dizer a ela a verdade sobre o seu passado, da mesma forma que ela não pode revelar do que está fugindo.

Pelo menos não é um relacionamento real. É apenas por um mês. É apenas faz de conta. Até que não seja mais…

''Quero passar o resto da minha vida protegendo você de si mesma e agradecendo às estrelas pela sorte, por você ter dirigido para o leste, em vez de para o oeste.''

 

Nada mais sincero do que começar essa resenha dizendo que esse livro me fez virar a noite lendo. Eu não conseguia parar porque realmente não dava para parar. Há vários plots (reviravoltas) no meio da história o que só me fez amar ainda mais. 


O livro conta a história de Harper e Luke, o destino tratou de fazê-los cruzar na pequena cidade de Benevolence, aquele típico local onde todos se conhecem. Luke é um homem que, devido ao seu passado, fechou o seu coração para o amor, assim como ela também trazia consigo as suas tristes bagagens. 


Não há aqui que se falar em quem tem dores maiores, porque esse tipo de sentimento não se mede, mas a maneira como lidam com isso difere muito. Ao tempo em que Harper é mais resiliente, Luke se martiriza com seus problemas constantemente e parece querer fugir de tudo aquilo. A figura dela representa pra ele tudo o que ele julga não merecer ter. São personagens com passados dolorosos.


Ainda por causa disso, Luke é muito cabeça dura e tão relutante com essa aproximação, que, por vezes, a gente espera que ela não tenha paciência para insistir mais uma vez, porque há conclusões em que ele precisa chegar sozinho.


A maneira como se aproximaram eu achei como se tudo estivesse indo rápido demais, mas a autora logo tratou de ''consertar'' isso para tirar essa impressão e o contato deles convence o leitor. Eles começam um namoro ''falso'' pra fazer com que a família dele pare de lhe empurrar pretendentes.


Enquanto ela precisa construir novamente a sua vida, numa cidade nova, com emprego novo, pessoas desconhecidas, o Luke está no aguardo de uma convocação para uma nova missão do Exército, então imaginem a tensão... Harper estava disposta a tentar de todas as maneiras, ao passo em que ele, embora quisesse, negava todas as possibilidades.


A escrita da autora é fluida, a narrativa é bem feita. Não cansa, nem fica monótona, parece até que o leitor é um morador de Benevolence. O casal tem MUITA química e você torce desde o começo, mas também sente bastante raiva do Luke em alguns momentos porque essa forma como ele age de se privar de viver um amor faz com que ele haja de maneira covarde e a machuca. Mas a gente te perdoa, Luke... 


É uma leitura que eu recomendo demais! Aquele casal que você se apaixona. O Luke é cabeça dura, mas também é um amor, super protetor. Tem uma mistura de romance com drama que prende real. Harper é corajosa, forte e tão dona de si que nos inspira. Gosto de como ela vê a vida. Então deixo ela terminar essa resenha:


''Não há tristeza e culpa no mundo que mudará o passado. O que importa é o que você faz agora.''


Já conheciam? Esse livro inaugura minha parceria com a editora L3. Ele, inclusive, é o primeiro da série Benevolence, mas as histórias são independentes. Adoro esse gostinho de terminar um livro e ficar com vontade de ler novamente.

Não deixem de adicionar no skoob, vocês vão amar!

01/02/2022

VAMOS FALAR SOBRE A VIDA INVISÍVEL DE ADDIE LARUE




Título: A Vida Invisível de Addie LaRue
Autor(a): Victoria Schwab
Número de páginas: 504
Editora: Galera Record
Sinopse: Uma vida que ninguém lembra. Um livro que ninguém esquece.
Em A vida invisível de Addie LaRue, o aguardado best-seller de V.E. Schwab, conheça Addie e se perca em sua vida invisível — porém memorável.

França: 1714. Addie LaRue não queria pertercer a ninguém ou a lugar nenhum. Em um momento de desespero, a jovem faz um pacto: a vida eterna, sob a condição de ser esquecida por quem a conhecer. Um piscar de olhos, e, como um sopro, Addie se vai. Uma virada de costas, e sua existência se dissipa na memória de todos.
Após tanto tempo vivendo uma existência deslumbrante, aproveitando a vida de todas as formas, fazendo uso de tantos artifícios quanto fosse possível e viajando pelo tempo e espaço, através dos séculos e continentes, da história e da arte, Addie entende seus limites e descobre — apesar de fadada ao esquecimento — até onde é capaz de ir para deixar sua marca no mundo.
Trezentos anos depois, em uma livraria, um acontecimento inesperado: Addie LaRue esbarra com um rapaz.
Ele enuncia cinco palavras.
Cinco palavras capazes de colocar a vida que conhecia abaixo:
Eu me lembro de você.
Uma jornada inspirada no mito faustiano sobre busca e perda, eternidade e finitude e, acima de tudo, uma questão: até onde se vai para alcançar a liberdade? Best-seller do The New York Times e recomendado pelo Entertainment Weekly, A vida invisível de Addie LaRue é um livro inesquecível e que colocou V.E. Schwab entre as principais autoras de fantasia da atualidade.

''Ser esquecida, segundo ela, é um pouco como enlouquecer. Começamos a perguntar-nos o que é real, se somos reais. Afinal, como pode algo ser real se não pode ser lembrado?''

 

O hype desse livro tá tão tão tããão grande que quase que eu não lia, porque fico sempre com um pé atrás. E, embora eu tenha visto muitos comentários negativos a respeito, resolvi embarcar na leitura. Não dá pra negar que a premissa é muito interessante, essa proposta de uma vida invisível soa surreal e eu adorei a maneira como isso foi pensado. Então já adianto, foi uma leitura que valeu a pena.


Forçada a se casar, Addie LaRue faz um pacto ansiando pela liberdade, querendo viver a sua vida como bem desejar, livre de todas as amarras. Uma vez lhe disseram para ela não fazer pedidos aos deuses que atendem depois do anoitecer. Mas, num ato de desespero, ela o fez. O que Addie não imaginava é que acabaria sendo esquecida por todos que a conheciam ou que viesse a conhecer. Torna-se impossível deixar marcas. Ela não é ninguém. Resumiu-se a um completo nada. Esse foi o preço que pagou pela sua liberdade.


Não tem como voltar atrás. De repente, toda a sua vida muda e ela precisa ir embora. Não é fácil dia após dia carregar o peso de uma quase inexistência. Trezentos anos depois, cruza com uma pessoa que a surpreende dizendo: Eu lembro de você. Esse é o Henry e ele representa bastante na história.


Muita gente diz que o enredo é maçante de início, mas, na realidade, o julguei essencial. É preciso compreender as circunstâncias da situação, o peso das palavras e o que realmente se quer. A personagem se constrói junto com o leitor, a trajetória da Addie soa tão real que chega a ser penosa. É triste e ela faz de tudo pra não se render. Sua vida ficou uma porcaria, parecia uma piada de mau gosto. Temos vontade que ela nos escute só para que possamos falar: Eu lembro de você! Nós lembramos de você!


O enredo é diferente, inovador e complexo. A linguagem é rebuscada em algumas partes da narrativa, mas ela foi bem construída. A escrita tem um ar poético também. A escrita tem um ar delicado. Há um excesso de informações que vai fazendo sentido aos poucos, talvez por isso muitos tenham considerada a leitura arrastada.


A realidade da sua solidão é pesada e crua. Ela carrega o fardo de ter uma vida invisível, porque, no fim das contas, todos querem ser lembrados.


Eu realmente tô falando desse livro pra todo mundo. Me diz, você já leu? Qual a sua opinião sincera?

Advogada, escritora, leitora constante, perfeccionista, metade anáfora, metade metáfora e uma romântica nata.

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