18/07/2016

Resenha: Uma mulher livre


Título: Uma mulher livre
Autor(a): Danielle Steel
Editora: Record
Número de páginas: 294
Sinopse: Dos deslumbrantes salões de baile de Manhattan para os horrores da Primeira Guerra Mundial, Danielle Steel nos leva para um mundo fascinante de uma jovem de espírito indomável. Nascida numa vida de luxo e glamour, Annabelle Worthington carrega o sobrenome, e a nobreza, de uma das famílias mais influentes de Nova York. Até que, num dia cinzento de abril, o Titanic afunda, levando junto o seu mundo. Seus pais e seu irmão mais velho estavam na viagem inaugural do majestoso navio, e apenas sua mãe sobreviveu. Para tentar confortar seu coração, Annabelle se voluntaria para trabalhar em um hospital, ajudando a cuidar dos enfermos, onde descobre sua verdadeira vocação. E, quando um homem nobre a pede em casamento, ela acredita que, enfim, voltará a ter dias felizes. Porém, novamente, o destino lhe prega uma peça, colocando-a no centro de um escândalo. Para fugir da tristeza que sua vida se tornou, ela vai para a Europa trabalhar no front da Primeira Guerra Mundial, ajudando a salvar os feridos. Na França, no auge do conflito, Annabelle consegue realizar um grande sonho: estudar medicina. O problema é que, mais uma vez, sua fé é colocada à prova, e ela precisará tentar retirar forças de uma grande tragédia se quiser renascer para uma nova vida. Com uma narrativa de tirar o fôlego e repleta de detalhes históricos, Danielle Steel nos apresenta uma de suas personagens mais fascinantes e singulares, e sua história inspiradora de dignidade, coragem e amor pela vida.


Hey, como estão? Sentindo as férias chegando ao fim? Já estou. Trago agora a resenha de um livro que me frustrou demais - uma história desenvolvida de uma forma completamente diferente daquela que eu imaginei. E vou dizer, não foi nada fácil.

Annabelle é uma jovem que tinha uma vida onde nada tinha a reclamar. Possuía uma família carinhosa e unida, uma ótima condição financeira e problemas eram coisas raras de aparecer. E quando apareciam, logo se viam sendo resolvidos. Tudo lindo e no seu devido lugar. 

A narrativa demorou para chamar a minha atenção. O começo da história apresenta uma narrativa cansativa, com excesso de detalhes desnecessários e aquilo tornava a leitura um tanto monótona. Muito detalhe mesmo. Ia virando as páginas procurando mais fervor e acabava dando de cara com o nada - pelo fato de me deparar com a mesmice. Esclarecendo, sou louca por um detalhe extra na história, porém, isso para tornar a narrativa mais bem construída e não colocar um detalhe só por colocar.

Nascida em uma das famílias mais influentes, viu sua vida ruir quando um acidente tira a vida de seu pai e seu irmão. Sabe quando um livro traz um enredo com problemas em cima de problemas? É esse. Tudo de ruim começou a acontecer na vida da personagem e nada nunca parecia dar certo. Frustrante.
''Sei que sou bem mais velho que você. Poderia ser seu pai. Mas não quero ser. Quero ser seu marido, e prometo cuidar bem de você pra sempre.''

''Uma mulher livre'' embora tenha sido uma leitura que não me agradou, trouxe consigo assuntos importantes a serem debatidos - como a sociedade extremamente machista, violência, preconceito e tudo mais.

Em todo caso, quero falar um ponto positivo que realmente vale a pena ser abordado. Annabelle é uma personagem decidida e independente de si. Mesmo com o costume das mulheres da época, ela se mostra a frente do tempo. Podemos ver claramente o quanto ela busca se adaptar às mudanças e dificuldades que lhe são impostas. Parece até que a vida está sempre lhe testando, e, quando você pensa que conseguiram derrubá-la, eis que ela se ergue de novo e mostra a mulher corajosa e dona de si que se tornou.

O leitor tem que estar ciente de que essa é uma leitura tensa, cheia de dramas e complicações. Momentos de calmaria são poucos por aqui. A autora tinha a intenção de fazer a Annabelle sofrer e fez. Junto com a Belle, também sofre o leitor.

''A decisão é sua. O que quero dizer desde o último verão é que estou apaixonado por você. Não quero estragar nossa amizade ou assustá-la. Mas em algum momento me apaixonei por você, Annabelle. Acho que nos damos muito bem juntos, e não posso ficar solteiro para sempre. Nunca conheci uma mulher que tenha me feito querer casar. Mas não posso pensar em base melhor para o casamento do que a amizade, e é justamente o que temos. Então eu gostaria de pedir que me dê a honra de se casar comigo.''

Conheciam a obra?  
16/07/2016

Resenha: No limite do desejo


Título: No limite do desejo
Autor(a): Katie McGarry
Editora: Verus
Número de páginas: 350
Sinopse: Haley é campeã de kickboxing, mas, após enfrentar uma tragédia, jurou nunca mais pôr os pés no ringue. Até o dia em que o cara em quem ela não consegue parar de pensar aceita uma luta de MMA em homenagem a ela. De repente, Haley tem de treinar West Young. Cheio de atitude, West é tudo o que Haley prometeu a si mesma evitar. Ainda assim, ele não vai durar cinco minutos no ringue sem a ajuda dela. West está escondendo um grande segredo de Haley, sobre quem ele realmente é. Mas ajudá-la lutar por ela é uma chance para a redenção. Ele não pode mudar o passado, mas talvez possa mudar o futuro de Haley. Haley e West combinaram de manter o relacionamento estritamente dentro do ringue. Mas, conforme uma ligação inesperada se forma entre eles e o desejo chega ao limite, eles terão de enfrentar seus medos mais obscuros e descobrir se vale a pena lutar pelo amor.

''Estou apaixonado por você. Estou apaixonado por você e não sei como fazer você se sentir melhor. Estou apaixonado por você e não devia estar. Estou apaixonado por você e, quando descobrir quem sou, você não vai me amar. Estou apaixonado por você e sempre ferro com quem me ama de volta.''
Okay, não é segredo nenhum que eu estava super louca pra ler esse livro - que como já era de se esperar, é um sucesso. Antes mesmo de começar a abranger a respeito da história, vale logo ressaltar agora no começo que é um enredo que retrata tantos assuntos importantes, que o leitor obviamente tem que observá-lo como um gênero muito além do romance.

Haley é uma campeã de kickboxing que acabou abandonando a vida dentro dos ringues depois de passar por um momento trágico. Ela é o tipo de garota que está destroçada por dentro. Como se já não bastasse esse problema, sua vida ainda é recheada de uma série de acontecimentos que só fazem levá-la a crer que as coisas nunca dariam certo.

Perdida. As coisas nunca parecem dar certo para a mocinha e a tão famosa luz no fim do túnel também não é fácil de achar. Mas sabe uma das melhores coisas nessa personagem? Embora encontre-se, literalmente falando, no meio de um caos, ela não é de se fazer de coitadinha e ficar esperando pena dos demais que ficam à sua volta. Cheia de problemas, bate de frente com cada um deles e conta apenas com si mesma para enfrentá-los.

Quando fugia de caras que queriam roubar os remédios do seu pai, seu caminho cruza de forma inusitada com West Young - onde num momento para livrá-la de um problema acaba criando um maior. A verdade é que West também convive com seus próprios demônios e são dois personagens passando por um período de tantas dificuldades que posso dizer que ambos juntos fazem tudo entrar em combustão.


''Escuto a respiração dele, sinto o movimento do peito e me concentro na delicadeza dos dedos segurando os meus. Minha mente vaga, e não vivo mais em um sótão, a escuridão não me atormenta mais com meus medos. Abrigada, aquecida e protegida pelos braços fortes, durmo.''

West vai lutar uma luta de MMA por ela e se Haley não lhe treinar, o garoto não vai durar nem cinco minutos. O relacionamento dos dois vai muito além do ringue, tal coisa ela não imaginava ter que lidar. A escrita da autora é muito boa, sem detalhes desnecessários para cansar a leitura, ela coloca o ponto certo para ambientar cada situação.

A leitura em determinados momentos me dava raiva, por achar que a personagem estava sendo um tanto egoísta, em outros por estar cansada de tanta dramatização. Ultimamente, a maioria das histórias que venho lendo é a mocinha quem mais coloca empecilhos para o relacionamento e o não querer achar uma solução ou uma brecha já estava enchendo o meu saco. Haley, mulher, vou te dar umas sacudidas.

O livro é o quarto volume da série 'No limite', mas são histórias independentes. Claro que é bem legal se você ler as outras obras, mas todas elas podem ser lidas foram de ordem que não vai influenciar na leitura. Já conheciam? Leram? O que acharam?
 

''Isso é tudo que somos? Ações e reações contínuas? Não temos nenhum controle sobre nosso futuro? Um papelzinho-cor-de-rosa e perdemos a casa... E eu perco meu pai? Uma decisão de namorar o cara errado e perco Jax e Kaden? Um passo em falso na calçada e meu destino se enrosca no de um estranho? Se isso é verdade, a vida é um jogo patético e doentio.''

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07/07/2016

Resenha: A geografia de nós dois


Título: A geografia de nós dois
Autor(a): Jennifer E. Smithspan
Editora: Galera
Número de páginas: 272
Sinopse: Lucy mora no vigésimo quarto andar. Owen, no subsolo... E é a meio caminho que ambos se encontram - presos em um elevador, entre dois pisos de um prédio de luxo em Nova York. A cidade está às escuras graças a um blecaute. E entre sorvetes derretidos, caos no trânsito, estrelas e confissões, eles descobrem muitas coisas em comum. Mas logo a geografia os separa. E somos convidados a refletir... Onde mora o amor? E pode esse sentimento resistir à distância? Em A Geografia de Nós Dois, Jennifer E. Smith cria tramas cheias de experiências, filosofia e verdade. 

Onde mora o amor?
E pode esse sentimento resistir à distância? Owen e Lucy estão prestes a testar a teoria de que, mesmo longe dos olhos, alguém especial jamais deixa seu coração...

  ''Owen era como um de seus livros, ainda inacabado e melhor compreendido no lugar e hora certos. Mal podia esperar para ler o resto.''

Hey, gente! Como estão? Tá aí um ótimo livro para sair daquela ressaca literária. Livro leve, sem grandes tensões e extremamente fofo. Isso, fofo é uma palavra bem certa para defini-lo. O leitor vai se deparar com dois jovens que estão prestes a ''testar a teoria de que, mesmo longe dos olhos, alguém especial jamais deixa seu coração''. Não é que a teoria estava certa? Não é um livro que te arranque lágrimas, nem um pouco perto disso, é o tipo de leitura que te faz dar boas risadas e prestar atenção nos detalhes das coisas mais simples. Como eu já disse anteriormente, fofo.

Lucy e Owen moram no mesmo prédio, mas nunca se falaram. A primeira conversa a surgir entre esses adolescentes se dá quando um blecaute toma conta da cidade e ambos se encontram sozinhos presos dentro de um elevador. Nada de ficar maldando as coisas, okay? 

Lucy está sozinha em casa devido às constantes viagens dos pais - viagens estas que a mesma nunca está inclusa. Owen passa por um momento difícil, tentando cuidar do pai que ainda está tentado superar a morte da sua mãe. Conversas, brincadeiras e escuridão - literalmente falando - surge uma ligação entre os dois, contudo, como nem tudo são flores, a geografia aparece para tentar interferir. 

''Você é totalmente doida. Estamos presos em um elevador quente e abafado, talvez no fim do oxigênio. Estamos pendurados por um cabo que com certeza é mais fino que meu pulso. Seus pais estão sabe-lá-onde, e o meu, em Coney Island. E, se ninguém veio buscar a gente até agora, é bem provável que já tenham se esquecido totalmente da nossa existência. Então, sério, como você ainda consegue ser tão otimista?''

Tive a impressão de que, embora com 272 páginas, não se passou muito tempo na história, sabe? Antes mesmo de abordar mais a respeito do relacionamento de Lucy e Owen, é de extrema importância salientar o relacionamento familiar. Tem que haver mais conversa, mais compreensão e vemos uma evolução muita prazerosa quando tal coisa acontece.

''Talvez. Nunca sabemos a resposta até fazer a pergunta.''

Se você acha que vai encontrar adolescente chatos: Esqueça! Owen e Lucy são jovens extremamente maduros para a sua idade e que possuem até muito em comum. O leitor rapidamente se vê conectado com a história, a autora sabe brilhantemente criar diálogos simples e verdadeiros - e isso é uma das coisas que mais chamam a nossa atenção.

Uma leitura que mostra que, quando se quer, não tem geografia certa que separe. Mesmo cada um em um canto, eram cartões postais com ''Queria que você estivesse aqui'' que fazia o coração vibrar.  Já ouviram aquela frase de que ''Não há distância para o que mora do lado de dentro''? Se encaixa bem. Por falar em distância, diminue logo essa que tá entre você e esse livro e começa a ler.

Ah, eu não poderia deixar de terminar essa resenha com um dos meus quotes preferidos. Olha só e vê se não deixa com gostinho de quero mais. Enjoy:

''- É, quero dizer, qual a pior coisa que se pode dizer a alguém que não está em uma praia linda?
- ''Queria que você estivesse aqui.'' - Owen bateu com os dedos em uma imagem da Grécia, presa mais para baixo - Tipo, qual é, né? Se as pessoas realmente quisessem que você estivesse lá, teriam convidado logo de uma vez, não? Pensando bem, é até um pouco cruel. Devia estar escrito ''Grécia: onde ninguém está muito chateado por você não estar aqui''.'' 
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Advogada, escritora, leitora constante, perfeccionista, metade anáfora, metade metáfora e uma romântica nata.

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